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Prefeitura de Nova Andradina, Ministério Público e comerciantes decidem pela manutenção das medidas de restrição a circulação de pessoas até o dia 5 de abril

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João Cláudio 

Representantes do poder público de Nova Andradina, Associação Comercial e do Ministério Público se reuniram nesta manhã (27) e decidiram que as portas do comércio continuarão fechadas enquanto vigorar o decreto municipal 2473/2020, ou seja, até o dia 5 de abril.

Portanto, o toque de recolher das 20 horas até às 4 horas da manhã está mantido. Da mesma forma, o fechamento do comércio em geral, sendo exceção apenas os serviços considerados essenciais. 

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João Cláudio

O prefeito Gilberto Garcia sinalizou ainda com a autorização de abertura de oficinas, restaurantes e borracharias na beira das estradas para atender a demanda dos caminhoneiros que transportam a produção.

Com relação às igrejas, liberadas por força de um decreto federal, o governo municipal irá regulamentar as atividades nos templos religiosos, disciplinando o número de pessoas por metro quadrado que poderão participar dos cultos.

O prefeito Gilberto Garcia determinou à procuradoria geral do município um estudo sobre a possiblidade de antecipar a abertura de empresas individuais (MEIs), entre outros setores do comércio, de uma forma regrada a partir da próxima semana. As novas medidas estariam condicionadas ao quadro de saúde que o município apresentar. 

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João Cláudio

Dinâmica da reunião

A reunião foi conduzida pelo prefeito Gilberto Garcia acompanhado dos secretários Arion Aislan (saúde), Hernandes Ortiz (Desenvolvimento Integrado), Valter Valentim (Planejamento), Fábio Zanata (Educação) e Jailson Pfeifer (procuradoria geral). O presidente da Câmara, Amarelinho, representou o legislativo. O promotor de justiça Alexandre Rosa Luz falou em nome do Ministério Público Estadual. Os presidentes e diretores da Acina e da Sinconova representaram toda a classe empresarial.

Para chegar a uma definição, Gilberto Garcia ouviu todas as partes envolvidas, considerando os pontos de vista e demandas trazidas pelas instituições, sob a perspectivas econômicas, sociais e da saúde dos nova-andradinenses.

“Sabemos do tamanho do impacto financeiro para os lojistas, mas nessas horas temos que pensar sobretudo na preservação de vidas. Nossa estrutura hospitalar conta com 14 leitos com respiradores e estoques de máscaras não são grandes. Se liberar o comércio e vir acontecer os casos e até mortes seremos responsabilizados”, argumentou o prefeito.

O promotor público Alexandre Rosa Luz endossou as palavras do chefe do poder executivo municipal. “Não dá para falar em abrir os estabelecimentos enquanto a pandemia avança no país. A economia é uma preocupação, mas neste momento temos que preservar a vida. Vamos acompanhar o quadro da saúde e esperamos que logo seja retomada a vida normal, só que isso deve ser feito paulatinamente para que não haja um contágio desenfreado e um colapso na saúde”, sugeriu.

Para o promotor, as demandas dos comerciantes são legítimas e o diálogo deve prevalecer entre prefeitura e associações comerciais, para que se preservem as vidas, sem perder de vista questões como o desemprego e a geração de renda. “É fundamental que tragam suas demandas e o poder executivo municipal tome suas decisões para evitar o caos, seja decorrente do contágio ou da falta de emprego e do empobrecimento da população”, emendou Alexandre.

O presidente da Acina disse que a expectativa da classe empresarial era pelo fim das medidas restritivas no dia 5 de abril, sem prorrogação para evitar mais prejuízos aos comerciantes e até mesmo, possíveis demissões.

“A vontade da classe era retornar o quanto antes. Por outro lado, muitas empresas deram férias para os funcionários nesses 15 dias de quarentena pensando no cumprimento deste decreto. Diante disso, acatamos a decisão de manter o comércio fechado, acompanhando de perto a evolução do cenário do coronavírus e na expectativa de que tudo estará normalizado até o dia 6 de abril”, disse Renato Lazarini. 

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João Cláudio