Prefeito Roberto Hashioka participou da audiência pública visando a licença prévia para instalação da usina de biodiesel em Nova Andradina O prefeito Roberto Hashioka participou na noite desta quarta-feira, dia 12 de novembro, da audiência pública com o objetivo da obtenção da licença prévia para instalação da empresa BBE Brasil Bioenergia S/A em Nova Andradina, realizada na sede da Câmara Municipal. Durante a audiência, foram apresentados os estudos realizados sobre os impactos ambientais e sociais do empreendimento na região, bem como o projeto da indústria que pretende investir R$ 160 milhões em Nova Andradina e implantar outras quatro unidades industriais no Estado. Participaram do evento Pedro Mendes Neto, assessor jurídico do Imasul, representando o secretário de Estado de Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (SEMAC), Carlos Alberto Negreiros Said Menezes, Felipe Cavalcante, assessor da Superintendência de Meio Ambiente da SEMAC, Laércio Abreu Nery da Fonseca, diretor da BBE Brasil Bioenergia S/A, José Alexandre Aguiar da Costa, consultor pela empresa Fibra Consultoria, Perícias e Projetos Ambientais, coordenador dos Estudos de Impactos Ambientais. O engenheiro metalúrgico Josiel Quintino apresentou a empresa para os participantes da audiência pública, destacando que a BBE Brasil Bioenergia irá realizar a extração de óleo vegetal, fabricação e comercialização de combustível vegetal, biodiesel e seus subprodutos. A empresa conta com quatro sócios, as renomadas empresas Gulf, Alepar, Engevix e Mercúria. A unidade de Nova Andradina, segundo Josiel, produzirá 115.594 m³/ano de biodiesel e 11.650 toneladas/ano de glicerina, por meio do esmagamento de 500 mil toneladas/ano de soja, com a produção do subproduto farelo de soja da ordem de 400 mil toneladas/ano. A previsão é de geração de 141 empregos diretos e mais de três mil indiretos com a implantação da usina de biodiesel. As obras da parte física da indústria devem ser iniciadas em janeiro de 2009, com conclusão prevista para julho de 2009. O início da operação da indústria está previsto para março de 2010. A partir do sexto ano do início da operação da usina serão processados 270 mil toneladas ao ano de pinhão manso, que deve ser produzido em parceria com a Agricultura Familiar, envolvendo mais de 20 mil produtores. A unidade de Nova Andradina ainda utilizará como matéria-prima para a produção do biodiesel o sebo bovino, na quantidade de 20.520 toneladas ao ano. Alexandre Aguiar da Costa, consultor pela empresa Fibra Consultoria, Perícias e Projetos Ambientais, apresentou o Relatório de Impacto Ambiental (Rima), bem como os impactos negativos e positivos e as medidas mitigadoras (compensatórias) pelos impactos gerados com a implantação da unidade industrial. Hashioka falou sobre as peculiaridades de Nova Andradina, município que possui 476 mil hectares de área, com ótima localização geográfica, topografia plana, clima favorável, além de um povo trabalhador, que deseja o desenvolvimento e o progresso. “Tínhamos a expectativa e sabíamos deste grande potencial de Nova Andradina, e hoje o progresso está se tornando realidade com a implantação de novas indústrias e empresas no município. Os investidores suíços pesquisaram todo o Brasil, e perceberam que Nova Andradina é o local mais adequado para a implantação da indústria de biodiesel”, analisa Hashioka. O prefeito Roberto Hashioka fez a projeção do crescimento e desenvolvimento que o município de Nova Andradina viverá com a implantação da usina de biodiesel da empresa Brasil Bioenergia S/A, como o movimento econômico da indústria, que será de R$ 500 milhões ao ano, processamento de 500 mil toneladas de soja ao ano, necessitando de 18 mil carretas/ano para o transporte, 1.500 carretas/mês, ou seja, 50 carretas ao dia para abastecer a indústria. Com a produção do pinhão manso a partir do sexto ano da indústria, deve ser mantido esse tráfego, uma vez que o produto será transportado para o abastecimento de indústria. Outro dado apontado pelo prefeito Hashioka é que com a produção do biodiesel através da soja, serão processados 400 mil toneladas de farelo de soja, o que demanda 40 carretas/dia para o transporte, e mais 116 mil m³ de biodiesel, necessitando de mais sete a 10 carretas ao dia para o escoamento da produção. “Precisamos estar preparados para esse crescimento, porque serão mais 100 carretas ao dia transitando em Nova Andradina, cerca de 10 carretas por hora”, afirma Hashioka, destacando a importância da conclusão da primeira alça do Anel Rodoviário, a duplicação da rodovia que liga Nova Andradina à Batayporã, que está sendo executada pelo Governo Estadual e a segunda alça do Anel Rodoviário, ligando à Dourados, que deve ter as obras iniciadas em 2009, com a liberação de mais R$ 4 milhões pelo Governo Federal. Todas as obras foram conquistadas através de pedidos protocolados pelo prefeito Roberto Hashioka e a deputada estadual Dione Hashioka, viabilizando o escoamento da produção pelas indústrias que irão se instalar em Nova Andradina e na região do Vale do Ivinhema. Hashioka afirmou que esteve em Campo Grande reunido com o presidente da Comissão do Orçamento do Congresso Nacional, deputado federal Hermes, do Rio Grande do Sul, e o relator do Orçamento da União, senador Delcídio do Amaral, quando o governador André Puccinelli afirmou que Nova Andradina caminha para ter a quarta economia do Estado de Mato Grosso do Sul, ao longo dos próximos anos. “Estamos passando por um período de crise. Aqueles que em época de dificuldades não ficarem parados, com certeza estarão à frente quando a crise passar. A Brasil Bioenergia está de parabéns por implantar a sua indústria em nosso município, gerando emprego e renda para nossa população”, destaca o prefeito Hashioka. Após as apresentações, foi feito um intervalo regimental. A audiência pública foi finalizada com um debate entre os presentes, que formularam perguntas para o empreendedor ou para o consultor visando esclarecer dúvidas sobre a implantação da BBE Brasil Bioenergia.