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Apesar da existência da Lei Maria da Penha, que protege as mulheres da violência doméstica, os casos continuam aumentando. Em muitas situações as vítimas não chegam a registrar ocorrência na Delegacia de Atendimento à Mulher por medo do companheiro, porém, se forem atendidas em alguma unidade de saúde, será feita a notificação do atendimento e essa notificação chega até a equipe da Vigilância Epidemiológica.
Em contato com a enfermeira Tatiana Rovani, ela informou que só neste ano já foram enviadas pelos estabelecimentos de saúde e pela população 55 casos de violência doméstica. Em 2015 foram 96 casos e 2016, 87.
Já os casos de violência sexual, neste ano, foram 06 casos notificados. Em 2015 foram 08 e em 2016, 03 notificações.
O objetivo da Vigilância Epidemiológica é identificar, conhecer, detectar ou prevenir qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.
“Nós recebemos as notificações dos casos de violência que são atendidos nos estabelecimentos de saúde e então fazemos o registro e acompanhamento de todos os tipos de violência que são informados ao nosso setor”, declarou Tatiana. “Informamos que além dos estabelecimentos de saúde, os cidadãos também podem notificar a Vigilância Epidemiológica para que nós possamos encaminhar estes casos aos setores competentes”, completou.
Você pode entrar em contato com a equipe da Vigilância Epidemiológica pelo telefone 3441-0211 ou na secretaria Municipal de Saúde.
Dados da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher 
Em contato com a secretária executiva de Políticas Públicas para Mulher, Jozelli Chuli nos passou as estatísticas de crimes de violência contra a mulher que apontam os dados registrados pela delegada Daniella de Oliveira Nunes Leite desde janeiro de 2017 até 18 de agosto de 2017.  
Conforme os dados, só de ameaças, o índice aponta 90 casos nesses 8 meses. De injúria foram 10 registros feitos da DEAM. Casos de difamação e danos, foram 3 de cada.
Os casos de estupros, que são os que mais assustam a população feminina, chegaram a um número considerável preocupante, para a secretária Jozelli Chuli. Estupro de autoria conhecida chegou a 18 notificações e de estupro de autoria desconhecida foram 6. 
Casos de lesão corporal, foram 67 registros. Perturbação de tranquilidade foram 16, vias de fato foram 41 notificações e violação de domicílio e tentativa de homicídio 1 registro de cada. 
Conforme Jozelli, a proteção da mulher contra a violência conta com dois eixos importantes, um deles que é essencial para que as providências sejam tomadas, é a denúncia. “Sabendo da importância em se ter um canal de fácil contato com as mulheres e com o objetivo de prover este suporte, Nova Andradina conta com o Ligue 180, para receber queixas e conduzi-las às autoridades”. 
O Ligue 180 é um suporte da secretaria em parceria com o Centro de Atendimento à Mulher “Nova Vida” e toda a rede de proteção à mulher vítima de violência. Pessoas próximas às vítimas ou próximas aos casos de abuso devem tomar a iniciativa e denunciar. “A pessoa não precisa se identificar, só de ter o conhecimento do abuso já é possível tomar alguma providência”, completou Jozelli. 
A Secretaria de Políticas Públicas para Mulher realizou durante todo o mês de agosto a campanha Agosto Lilás com o intuito de conscientizar e estimular a população a agir e não ficar calada mediante uma situação violenta.
Para as mulheres vítimas de violência e que sentem-se inseguras para registrar Boletim de Ocorrência, Jozelli aconselha procurar o Centro de Atendimento a Mulher, para que receba orientação. O CAM está localizado na Rua Santa Lucia, 1058 e o telefone é o 3441-7600.