O envolvimento de acadêmicos do curso de direito na disseminação de informações sobre violência doméstica e violência contra a mulher, a participação das escolas públicas e particulares, a mobilização de organizações da sociedade civil e órgãos governamentais na elaboração de políticas públicas de prevenção à violência foram os principais destaques da cerimônia de encerramento do projeto Maria da Penha vai à escola e abertura da proposta de ação para Os 16 dias de Ativismo, que lotaram o plenário da Câmara na noite desta terça-feira (28).

Os dois projetos são executados pela Secretaria Executiva de Políticas para a Mulher, sob o comando de Jozeli Chulli, com o apoio de diversas entidades civis e militares, escolas, conselhos e órgãos públicos. Assim, as cerimônias contaram com a presença do prefeito Gilberto Garcia, do vice-prefeito Nenão, juízes da comarca de Nova Andradina, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, Coordenadoria Regional da Educação, Rotary Clube Nova Andradina Centenário, Uniesp, Polícias Civil e Militar, Conselho do Direitos da Mulher, CAM, Corpo de Bombeiros, secretários de governo, vereadores, diretores de escolas, acadêmicos, professores e estudantes de ensino médio.

Todos que tiveram uma participação no Maria da Penha vai à escola fizeram uso da palavra. Em resumo, demonstraram a importância de dialogar, debater e refletir sobre a temática a violência doméstica, de propor ações de prevenção e combate à violência de gênero e a necessidade de engajamento nesta causa.

O representante dos estudantes, Marcos Freitas, disse que somente o rigor da lei não é suficiente para vencer esta luta, é preciso a mobilização para reverter a triste estatística de que a cada cinco minutos uma mulher é agredida no Brasil. A experiência de disseminar a informação para outros jovens foi um aprendizado para todos nós, acadêmicos, avaliou o acadêmico do 10° semestre de direito da Uniesp.

A secretária Jozeli elencou, um a um, os parceiros das ações do concurso de melhor frase com o tema Violência contra a mulher e Lei Maria da Penha, Maria da Penha vai à escola e Os 16 dias de Ativismo:

- Poder Legislativo: cada vereador apadrinhou uma escola, com total comprometimento;

- Poder judiciário e Ministério Público encamparam a campanha e auxiliou na mobilização das escolas;

- Conselho dos Direitos da Mulher desenvolvimento de políticas públicas e fiscalização dos trabalhos;

- PM e Bombeiros atua no momento em que ocorre as situações de violência;

- CAM (Centro de Atendimento à Mulher) atende as vítimas de violência;

- Uniesp alunos de direito fizeram palestras nas escolas;

- Coordenação Regional da Educação Estadual articulou a participação das 8 escolas estaduais;

- SEMEC - articulou a participação de todas as escolas municipais e particulares;

- Rotary Clube parceiro no concurso e ações de violência contra a mulher desde 2012, primeira edição da campanha.

Na presidência do Conselho de Direitos da Mulher há 1 ano, Meise Biebenguti, afirmou que estes projetos demonstram que a mulher está amparado no nosso município. Já a secretária regional de educação, Silva Santos, acredita que as escolas precisam de parcerias e os acadêmicos fizeram a diferença nessa iniciativa. Jovem falando para jovem. Isso fez toda a diferença.

Diretor da Uniesp e membro do Rotary Clube, Henrique Barros representou as duas instituições. Em seu discurso, enfatizou que o Lema do clube de serviço é Dar de si antes de pensar em si tem muito a ver com essas ações, tem compromisso com a conscientização, por isso, há seis anos é parceiro da Secretaria na propagação da informação. É necessário transmitir que existe algo errado dentro da família, no seu lar e isso deve ser passado a uma pessoa responsável e ser tratado como algo muito sério, indicou.

Em seguida, Barros falou da parceria da Uniesp em três projetos de grande alcance social: Outubro Rosa, Novembro Azul e Maria da Penha. Os acadêmicos reconhecem a importância para os demais estudantes de levar conhecimento sobre prevenção a violência doméstica. Agradeço a vontade e disposição de todos os nossos alunos nesta causa.

O juiz da infância e juventude, Walter Hartur Alge Neto, elogiou o caráter preventivo dos projetos, o envolvimento das escolas e o empenho do município de manter uma secretaria para cuidar de questões como a violência contra a mulher.

O penúltimo a discursar foi o vice-prefeito Newton Luiz Oliveira (Nenão). Para ele, apesar de toda a retaguarda e do trabalho desenvolvido, muitas mulheres ainda têm medo de denunciar e procurar ajuda. Para mudar esta cultura nada melhor do que ir à escola, trabalhar com a conscientização. Só assim, conseguiremos reduzir os índices de violência e punir os culpados, alertou Nenão.

Gilberto Garcia encerrou os discursos propondo romper a violência contra a mulher por meio da educação. Ele lembrou que no seu primeiro mandato como prefeito trouxe a Maria da Penha, o símbolo dessa luta para sensibilizar e mostrar a sua preocupação com esta realidade. Agora, a determinação do seu governo é buscar parcerias e mobilizar as escolas. A propaganda é fundamental. Temos que lembrar que os programas existem e estão à disposição das vítimas e familiares, mas precisamos estar vigilantes, atentos para diminuir a violência, encerrou o prefeito.

Após os discursos, foram entregues os certificados aos acadêmicos de direito que realizaram o projeto Maria da Penha vai à escola e também às escolas e instituições que aderiram a iniciativa.

Símbolo da campanha 16 Dias de Ativismo, o laço braço foi colocado pelas mulheres da mesa nos homens da mesa, representando todos os homens de Nova Andradina como um compromisso assumido pela não violência contra as mulheres.

Premiações das melhores frases

3° lugar Prêmio Bicicleta caloy twister

Aluna Eloisa Gabriela Gonçalves Marçal

Escola Municipal Efantina de Quadros

Frase As marcas da violência podem até serem apagadas, mas a dor que fica na consciência mais será esquecida.

3° lugar professor

Prêmio kits Boticário

Professora Geane Lopes Francisco Araujo

2° lugar Prêmio Bicicleta caloy twister

Aluna Ana Beatriz Medeiros Barbosa

Escola Colégio Adventista

Frase A mulher que sofre violência e não denuncia, torna-se vítima de seus próprios medos

2° lugar professor

Prêmio kits Boticário

Professora Maria Cristina de Oliveira Baccia

Escola Colégio Adventista

1° lugar Prêmio Celular Sansung Galaxy J2 Prime

Aluna Luiza Ribeiro Bonin

Escola Objetivo (Anaec)

Frase A mão que afaga em público é a mesma que agride em silêncio. Não se cale, denuncie.