Na semana passada, o prefeito de Nova Andradina encarregou o assessor especial de seu Gabinete Vicente Lichoti a acompanhar o diretor da Vigilância Sanitária Lúcio Tolentino e o subsecretário de Saúde do município Sérgio Maximiano, designados a averiguar as atuais condições que se encontra o Centro de Controle de Zoonoses e formular um relatório sobre a qualidade do serviço oferecido, inclusive, sobre as dificuldades enfrentadas pelos servidores que atuam no setor.
Na visita foram levantadas várias demandas, desde a falta de medicamentos às condições insalubres do local que há anos necessita de uma reforma. Os servidores informaram sobre a necessidade de endurecer contra os crimes de maus tratos, estabelecendo uma política de orientação e, em determinados casos, de punição com multas a quem for flagrado abandonando ou maltratando animais domésticos.
Segundo o assessor do Gabinete, ao receber as informações sobre o local, o prefeito determinou, dentro das possibilidades legais e orçamentárias, a resolver, de uma vez por todas, a situação ruim herdada da gestão anterior que se agravou nestes primeiros meses da atual gestão, por questões de natureza burocrática.
As dificuldades serão superadas nos próximos dias. Temos um prefeito preocupado com o controle de zoonoses, mas sobretudo, com a situação dos bichinhos acolhidos na estrutura do CCZ, afirmou Vicente Lichoti. Dentre outras ações, como a aquisição de ração para atender a população de animais (cães, gatos e cavalos), o remanejamento de mais um servidor e a aquisição de medicamentos, a Secretaria Municipal de Saúde, por intermédio do subsecretário Sérgio Maximiano, já está adiantando a reforma do local que deverá iniciar na próxima semana.
Como funciona o CCZ?
Seu objetivo principal é o de impedir a propagação de zoonoses doenças que incluem nomes como raiva, leptospirose, toxoplasmose, histoplasmose, leishmaniose e até a dengue. Além desse trabalho, o CCZ conta a hospedagem provisória de animais recolhidos por maus tratos ou abandono, reabilitando-os para a adoção, como cães e gatos. Em alguns casos, a moradia de alguns animaizinhos são permanentes quando os mesmos são portadores de doenças incuráveis.
Segundo a veterinária Valesca Picoli que atua como responsável técnica do CCZ de Nova Andradina, a atuação do Centro local obedece ao princípio de rejeitar a eutanásia ou ao sacrifício dos bichinhos recolhidos, exceto, noS casos em que os mesmos se encontram em estágio terminal da doença.
A profissional responsável informou que o setor realiza um controle sério dos que adotam através de um cadastro das pessoas que receberam os animais. Valesca alertou que a adoção deve respeitar alguns compromissos exigidos para garantir o bom trato, como o de atender ao calendário das vacinas necessárias. Os animais para a adoção, deixam o local, na maioria das vezes, já castrados e, em todos os processos de adoção, saem vermifugados e com tratamento contra pulgas e carrapatos.