O prefeito de Nova Andradina (MS), Roberto Hashioka, afirmou durante seminário no Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, em Campo Grande (MS), que irá reivindicar a integração do Rio Ivinhema na Hidrovia Paraná-Tietê. O rio é um dos maiores de Mato Grosso do Sul e percorre diversos municípios, entre eles Nova Andradina.
A declaração foi defendida durante o seminário Plano de Melhoramentos da Hidrovia Paraná-Tietê, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems) e Administração da Hidrovia do Paraná (Ahrana). Na ocasião foram apresentados estudos de viabilidade técnico-econômica e ambiental visando, em até oito vezes, o aumento da capacidade de transporte de cargas pela via fluvial.
Trata-se de um rio pertencente à bacia do rio Paraná, totalmente navegável e com grande potencial a ser explorado. Esse modal fluvial estabelece condições para nos tornarmos mais atrativos e enfrentar esse gargalo da logística que segura nosso crescimento e reduz a competitividade, argumentou o prefeito de Nova Andradina, Roberto Hashioka.
Na mesma linha, o diretor-corporativo da Fiems, Jaime Verruck, que representou o presidente Sérgio Longen no evento, pontuou que a solução para o transporte em Mato Grosso do Sul é a intermodalidade, criando meios de utilização de todos os modais e diminuindo a pressão sobre as rodovias. O representante também alertou para a necessidade de se melhorar a infraestrutura já existente.
Entre as unidades citadas por Verruck estão as hidrovias Paraná-Tietê e Paraguai, além da América Latina Logística Malha Oeste (ALL). |Com esses investimentos, potencializamos o que já temos, reduzindo os custos médios de transporte para nos tornamos mais competitivos, com o benefício de atrair mais empresas e aumentar o volume de produção, opinou.
O seminário foi apresentado pelo superintendente da Ahrana, Antonio Badih, que reforçou o aumento da capacidade. Hoje, a utilização da Hidrovia Paraná-Tietê tem capacidade para transportar até 6,2 milhões de toneladas de cargas por ano e a intenção, com o plano de melhoramentos, é chegar a 2020 com a capacidade de 50 milhões de toneladas por ano, detalhou.
Durante o evento, o superintendente também ressaltou o papel estratégico do Rio Ivinhema para a efetivação da proposta. Os rios Amambai, Ivinhema e Sucuriú são importantes vias para o escoamento da produção do interior de Mato Grosso do Sul para o sistema Paraná-Tietê para fim de exportação, disse. A previsão é de que os investimentos cheguem a R$ 2,4 bilhões e que as obras sejam concluídas até 2025.
Com a implantação do Plano de Melhoramentos, será possível diminuir o custo de transporte de cargas em direção aos portos de exportação, reduzir o tempo de transporte pelos rios, aumentar a competitividade e a segurança do transporte pela hidrovia e gerar oportunidades de negócios em logística e novos empreendimentos nas regiões do Centro-Oeste e Sudeste.