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Para garantir a organização da cidade e a correta utilização dos espaços urbanos, Ministério Público, Prefeitura e Polícia Militar Ambiental formam uma nova frente de trabalho para atuar com mais vigor na implantação da coleta seletiva em Nova Andradina. A iniciativa também prevê ações voltadas à preservação do córrego Umbaracá, à política municipal de resíduos da construção civil e a organização do Aterro Sanitário. 
De acordo com o promotor Alexandre Rosa Luz, o Ministério Público encabeça a iniciativa por conta da necessidade de proteção ao meio ambiente. “O lixo produzido nas cidades é responsável por sérios problemas ambientais, causando a contaminação do solo, das águas e do ar quando tratado de forma errada, em ‘lixões’, como ocorre na maioria dos municípios. Além disso, o lixo produzido quando não tratado de forma correta tem provocado uma série de problemas de saúde na população, ocasionando, sobretudo, perda da qualidade de vida das pessoas, mas também gastos com a saúde”, pontuou.
Para debater o assunto, os órgãos envolvidos se reuniram esta semana na sede do Ministério Público em Nova Andradina, ocasião em que foi pontuada a necessidade de limpeza do local em que está sendo construído o aterro sanitário, sobretudo para um trabalho mais eficiente da cooperativa que realiza a coleta seletiva. 
A ampla divulgação sobre os locais adequados para descarte de cada um dos tipos de materiais sujeitos à reciclagem, assim como a importância da coleta seletiva tanto para o meio ambiente quanto para a saúde pública também foram enfatizadas. 
Outro ponto tratado com o Município e com a Polícia Militar Ambiental - uma vez que se trata de crime - é a intensificação da fiscalização com relação ao descarte irregular de lixo em vias públicas e terrenos particulares, o que ocorre com frequência nas proximidades do córrego Umbaracá, do anel viário, da MS-276 e do Cemitério Municipal.
“É fundamental que a população entenda a importância de separação do lixo entre o que é possível reciclar [lixo seco] e aquele que efetivamente deve ser destinado ao aterro sanitário que está sendo construído [lixo úmido]”, destacou o promotor, enfatizando a estimativa de que apenas 20% do lixo produzido não pode ser reciclado, sendo destinado ao aterro sanitário. Quanto aos 80% recicláveis podem gerar renda para inúmeras famílias, além de não causar dano ambiental e à saúde pública. 
“Também é essencial que a população denuncie o depósito irregular de lixo, pois além do problema ambiental causado e o gasto de dinheiro público para limpeza, significa uma grande ameaça à saúde da população. Esses lugares onde o lixo é lançado irregularmente viram criadores de mosquitos e animais que transmitem uma série de doenças, como é exemplo a dengue, o zíka e o chikungunya.  Dessa forma, é fundamental que a população de fato entenda a importância da coleta seletiva e auxilie separando os materiais, mas também que mantenha as áreas de suas casas e terrenos limpos, inclusive denunciando aqueles que queimam, descartam ou armazenam lixo de forma irregular. O descarte irregular e a queima de lixo são infrações penais e administrativas”, alertou Luz.
A reunião foi acompanhada pelos secretários Marcio Costa (Meio Ambiente e Desenvolvimento Integrado) e Umberto Canesque (Serviços Públicos), pelos fiscais de postura do munícipio Camila Afonso e Lucas Hideo, pelo agente de trânsito Rodinei Taveira, comandante da Polícia Militar Ambiental Milton Passianoto, encarregado da Coleta de Lixo do município, Edson Lopes, engenheiro ambiental Marcos Vinicius Gasparotto e a superintendente de Imprensa e Divulgação, Elaine Paes.