O prefeito Roberto Hashioka oficializou ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística recurso de revisão à população estimada pelo IBGE para Nova Andradina em 2015, de 50.893 habitantes, feita com base no Censo de 2010, quando a população apurada foi de 45.585 pessoas.
O Censo 2010 foi feito em um ano atípico para a economia local, que ainda sofria o impacto da crise econômica mundial, ocasionando o fechamento de grandes empresas e indústrias geradoras de emprego, como, por exemplo, o Frigorífico Independência e as Casa Bahia, que geravam mais de 1.200 postos de trabalho, argumentou Hashioka.
De acordo com o chefe do Executivo municipal, fatores do gênero afetaram diretamente o desenvolvimento de Nova Andradina, que deixou de crescer com a mesma velocidade devido ao êxodo de trabalhadores e suas respectivas famílias em busca de oportunidades de emprego em outros municípios brasileiros.
Ainda no recurso, o prefeito apresentou dados que atestam a superação de Nova Andradina mediante a crise da época. Essas dificuldades que afetaram a taxa de crescimento foram amplamente superadas com um dinamismo tal que não só revigorou a economia como recolocou a população em um bom ritmo de crescimento.
Sobre o novo momento econômico vivido pelo município, Hashioka citou a atratividade dos novos empregos gerados com a abertura e reabertura de grandes empresas, como do Frigorífico JBS, que retomou e ampliou suas atividades e os postos de trabalho onde no passado atuava o grupo Independência.
O gestor ressaltou ainda a retomada das atividades das Casa Bahia e a ampliação da capacidade produtiva da usina Santa Helena, além da abertura de outros empreendimentos, como a Cooperativa Agroindustrial Cocamar e a implantação de 11 novos loteamentos residenciais no perímetro urbano.
A ampliação de cursos de graduação ofertados pelo IFMS e UFMS também pautaram o recurso, assim como a instalação de novas empresas no Distrito Industrial de Nova Andradina. De 2010 a 2014, por exemplo, constatou-se um acréscimo de 84,34% de ligações de unidades consumidoras industriais, citou Hashioka.
No mesmo período houve um incremento de 38,57% de consumo faturado, reforçando a convicção de incremento na geração de empregos, o que também pode-se verificar o consequente impacto no acréscimo de consumo faturado na classe residencial, de 38,99%, e de 17,06% de ligações de unidades consumidoras residenciais.
Os dados fornecidos pela Energisa, concessionária de energia elétrica do município, reforçam o pedido de reavaliação da estimativa habitacional ao apontarem para a existência de uma população local maior do que a apresentada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Também devemos levar em consideração o significativo acréscimo verificado nas propriedades rurais, podendo-se constatar no relatório da Energisa a ocorrência de uma evolução de 27,72% de 2010 a 2015. Se adotarmos o mesmo parâmetro para a área urbana, o crescimento foi de 17,06%, detalhou o prefeito.
Além disso, nos últimos cinco anos foram expedidos 2.124 registros de Habite-se e, somente no período de 01 de julho de 2014 a 30 de junho de 2015, em 12 meses, houve um total de 844 registros de nascimento e 227 de óbitos, o que representou um aumento de 617 habitantes.
Cientes da seriedade do trabalho do IBGE, apresentamos nossa preocupação para que reanalisem esses dados, pois uma pequena diferença na quantidade de habitantes não elevaria nosso índice do FPM [Fundo de Participação dos Municípios] para 2016, o que causaria uma perda de aproximadamente R$ 2 milhões, concluiu o gestor.