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Com o intuito de sensibilizar sobre a violência de gênero como uma violação de direitos humanos, a Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres destaca datas significativas no período de 25 de novembro a 10 de dezembro, visando unir simbolicamente a luta contra a violência contra as mulheres à defesa dos direitos humanos. O município de Nova Andradina tem realizado a campanha desde a criação da Coordenadoria Especial da Mulher, em 2005. Neste ano, foi feita uma parceria com o Programa Vale Renda do Governo Estadual, foram realizadas 28 reuniões em todos os bairros urbanos, no Distrito da Nova Casa Verde e Assentamento Teijin, atingindo um público de mais de 800 mulheres. “Avaliamos positivamente a parceria com o Programa Vale Renda porque conseguimos atingir um grande número de mulheres com informações acerca dos tipos de violência, das formas de violência e também sobre a Lei Maria da Penha. Durante as reuniões, surgiram vários casos em que procedemos aos devidos encaminhamentos e orientações. As reuniões no Distrito da Nova Casa Verde e Assentamento Teijin foram ótimas, porque é um público que está distante das informações, e o acesso a estas pessoas é muito difícil. Com a parceria do Programa Vale Renda, estas mulheres receberam estas informações da maneira mais didática possível, e isto facilita o entendimento”, analisa a superintendente de Projetos e Políticas Públicas para a Mulher, Edna Chulli. No dia 27 de novembro, além das palestras com a presença do prefeito Gilberto Garcia, da primeira-dama Joana D’Arc Bono Garcia e da delegada da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) Marília de Brito Martins, o Centro de Atendimento à Mulher (CAM) Nova Vida realizou atendimento durante todo o dia no PSF Nova Casa Verde. Neste dia, toda a equipe do CAM trabalhou naquela localidade e realizou mais de 10 atendimentos psicológicos e várias orientações com a assistente social. “Após esta campanha, espera-se um aumento na procura pelos serviços tanto do CAM como da Delegacia de Atendimento a Mulher”, conclui Edna Chulli. INFORMAÇÕES - Dados da Central de Atendimento à Mulher – o Ligue 180 – revelam que, de abril de 2006 a outubro de 2009, foram registrados 791.407 atendimentos. O aumento no número de registros foi de 1,704%. Fatores como a Lei Maria da Penha, o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, melhorias tecnológicas e capacitação de atendentes contribuíram para esse crescimento. O perfil geral dos relatos de violência recebidos pela Central revela que: 93% das denúncias são feitas pela própria vítima, 78% das vítimas sofrem crimes de lesão corporal leve e ameaça, 50% dos agressores são os cônjuges das vítimas, 77% das vítimas possuem entre 00 e 02 filhos, 69% das vítimas sofrem as agressões diariamente, 39% dos agressores não fazem uso de substâncias entorpecentes ou álcool, 34% das vítimas se percebem em risco de morte, e 33% das vítimas apresentam tempo de relação com o agressor superior a 10 anos. De janeiro a outubro, a Central de Atendimento à Mulher contabilizou 269.258 registros – um aumento de 25% em relação ao mesmo período de 2008 –, quando houve 216.035 atendimentos. Parte significativa do total de atendimentos (47%) deve-se à busca por informações sobre a Lei Maria da Penha que registrou 127.461 atendimentos contra 92.638, de janeiro a outubro de 2008.|