Nova Andradina recebeu nesta manhã (13), no auditório da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), a terceira rodada do Encontro Regional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Pesquisadores locais, empresários, gestores municipais e estaduais participaram do evento expondo desafios, demandas e soluções para cadeia produtiva regional a partir do desenvolvimento científico.
O objetivo do encontro é levantar, em cada região, as principais oportunidades de crescimento. Com os dados, será montado um mapa de potencialidades do Mato Grosso do Sul, que alicerçará o Plano Estadual de CT&I na definição de estratégias que culminam no delineamento de programas para o fomento de ações em diferentes áreas temáticas, incluindo formação e capacitação de recursos humanos e criação de espaços de inovação.
Segundo o Secretário de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação, Athayde Nery, o que se espera ao final desse amplo debate com a sociedade é a consolidação de um Sistema de Governança integrado entre governo, academia e setor produtivo. Precisamos consolidar o Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação e, após esse período de levantamento dos processos que envolvem os diversos agentes públicos deste segmento, precisamos assegurar novos arranjos institucionais que impulsionem o desenvolvimento do Estado, afirmou.
A emergência da estruturação desse projeto na área científica está relacionada com duas importantes questões. Em primeiro lugar, com a necessidade de fortalecer as qualidades competitivas do Estado, inserindo-o no contexto global, como uma potência produtiva. Em segundo, estabelecer e criar o marco legal estadual que assegure um ambiente científico e inovador integrado e focado no desenvolvimento territorial sustentável e inteligente, complementa.
Roberto Hashioka, prefeito de Nova Andradina, ponderou que o projeto do Plano fortalece os municípios, as universidades e o setor produtivo. A partir do momento em que o Estado se coloca como parceiro na criação desse Plano Estadual de CT&I, ele busca dar garantias para aqueles que querem investir em Mato Grosso do Sul. Pois, todos os desafios e parâmetros com os quais lidamos, seja no âmbito nacional, estadual ou municipal, passam pela geração de conhecimento e avanço científico.
Athayde reforçou a ideia e afirmou que a tecnologia é um dos principais aliados no combate dos diversos problemas sociais, inclusive a dengue. A tecnologia pode corrigir distorções e carências que temos na saúde. A questão da Chikungunya, do vírus Zika e dengue é um exemplo disso. Se não colocarmos a tecnologia para enfrentar essa epidemia, junto com a educação, podemos perder para o mosquito, ressaltou o secretário.
Nesse sentido, completou o pesquisador da UFMS e diretor-presidente da Fundect, Marcelo Turine, a formulação de um Plano Estadual de CT&I possibilita um planejamento melhor das ações de fomento de pesquisa. Assim, vamos investir nas áreas que mais necessitam de ajuda induzindo um crescimento maior, ou seja, precisamos construir condições adequadas às necessidades regionais para obtermos um desenvolvimento econômico real. E isso só vai acontecer se houver maior interação entre instituições de pesquisa es empresas, pois quem traz a inovação é a sociedade, as universidades possuem a competência para materializar as demandas em realidade, pontuou Turine.
O Presidente da Rede MS de Inovação e o gerente da Pantanal Incubadora Mista de Empresas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Jardel Mattos, acrescentou o governo está criando o alicerce para que se facilite ainda mais a interação entre ICTs e empresas. Assim, ele cumpre o seu papel como um indutor do desenvolvimento inovador e garante o crescimento do Estado.
O encontro é organizado pela Superintendência de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei), em parceria com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect). A iniciativa ainda vai percorrer mais 10 regiões no Estado.