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Nova Andradina registrou dois recordes assustadores: 3 mortes e 49 casos positivos em um só dia. A UTI Covid do Hospital Regional está com lotação máxima e 6 pacientes na fila de espera por uma vaga.

Com 10 óbitos e 295 novos casos de Covid-19 registrados nos últimos 15 dias, Nova Andradina vive se pior momento desde o início da pandemia. No total, o município contabiliza 60 mortes em decorrência da doença e incidência de 2538 casos.

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A gravidade espelhada pelos dados estatísticos ganha contornos reais. Ontem (18/05), Nova Andradina registrou dois recordes assustadores: 3 mortes e 49 casos positivos em um só dia. A UTI Covid do Hospital Regional está lotação máxima e 6 pacientes na fila de espera por uma vaga. As cirurgias eletivas estão travadas porque não há estrutura para o atendimento de outras patologias. No Cassems, a situação não é diferente. São 11 pacientes na internação com sindromes respiratórias e 1 na semi-UTI.

Números alarmantes da doença e a situação caótica nos hospitais (Regional e Cassems) preocupam as autoridades locais. Em live transmitida ao vivo pelo facebook da Prefeitura, o secretário municipal de saúde, Sérgio Maximiano, juntamente com o diretor geral do Hospital Regional, Norberto Fabri, e o médico plantonista e diretor clínico do HR, Igor José Saraiva, falaram à população sobre a disseminação do vírus e os cuidados para conter o avanço da Covid-19 no município. 

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Falando em nome administração, o Sérgio Maximiano disse que o prefeito já estuda a possibilidade de adotar novas medidas mais restritivas para evitar um possível colapso no sistema de saúde pública. Confirmou que uma reunião com a polícia militar e a vigilância sanitária está marcada para definir as estratégias de fiscalização de estabelecimentos comerciais e festas clandestinas.

“Apesar de atingir 21% da meta de vacinação de todos os grupos, ainda está longe de conseguirmos vencer o contágio pelo vírus. O maior problema que enfrentamos são as aglomerações em festas clandestinas, praças esportivas lotadas, oferecem condições propícias para o vírus se espalhar ainda mais. Também quero pedir que as pessoas não deixem os sintomas se agravarem para procurar atendimento médico”, frisou o titular da SMS. 

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Trabalhando na linha de frente do Hospital Regional, o médico Igor Saraiva, informou que a cada 10 pessoas testadas 7 são positivos. Em 2 dias, já foram 64 novos casos confirmados.

O Hospital Regional instalou um pronto socorro exclusivo para atender pacientes com síndromes respiratórias e a UTI Covid com 8 leitos. Além disso, conta com a UTI geral e a internação clínica geral. A unidade recebeu Kits de intubação e medicamentos e está preparada para atender casos graves da doença,

Apesar de toda a estrutura disponibilizada, a situação é delicada devido ao aumento exponencial de casos nos últimos três meses, com destaque para o mês de maio. Por isso, o médico conclamou a sociedade o compromisso de evitar aglomerações, não participar de rodinha de tererê e de narguilé, adotar os protocolos de higiene, uso de máscaras e isolamento social.

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“Os dados indicam que estamos na pior fase da pandemia. Alta taxa de ocupação de leitos, a maior gravidade nos sintomas dos pacientes que chegam à unidade e tendência de aumento nos casos de síndromes respiratórias. Mesmo vacinados, se não começarmos a prevenir corretamente, fazer o isolamento, podemos chegar a mais óbitos. Temos que ser os fiscais um do outro”, apela o médico.

De acordo com os dados apresentados pelo diretor geral do HR, todos os 8 leitos de UTI Covid estão lotados, sendo que 7 desses pacientes fazem uso de ventilação mecânica. O número de pessoas com quadros respiratórios aumentou muito e o PS exclusivo Covid tem registrado o dobro de pacientes do PS normal.

“Houve uma mudanças no perfil dos pacientes mais graves. O vírus está atingindo os mais jovens, pessoas de 30 a 60 anos. Existe o temor da circulação de novas cepas, mais agressivas e que com maior capacidade de disseminação. A equipe médica, enfermeiros, fisioterapeutas, auxiliares - todos estão exaustos, mas dando o seu melhor para salvar vidas”, finalizou Norberto Fabri.